quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Então é Natal


Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz." Isaías 9:6 
FELIZ NATAL E UM PRÓXIMO ANO NOVO !!!
Árvore de CD montada pela prof Ana na recepção da escola

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Atividade com música


A atividade foi desenvolvida com um aluna com Síndrome de Down em processo de alfabetização e letramento.

Dicas: Explorar o vídeo da música do O sapo.


Quebra cabeça do sapo e montar com alfabeto móvel a palavra SAPO 

E por último o registro da escrita da música com com os símbolos do boardmaker impresso para que a aluna organize na sequência.

Organizando a música com os símbolos do Boardmaker


sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Brincando com a matemática

Mais dois poemas problemas 

Bicharada machucada
O sapo Josué
tem 4 feridas no pé.
O urso Rodrigo
Tem um machucado no umbigo.
o macaco Manuelão
tem 5 cortes em cada mão.
Todo corte, ferida ou machucado
com bandeide precisa ser tratado.
pra desses doentes cuidar, 
de quantos curativos vamos precisa?

O aluno recebe o poema com os personagens e pequenos curativos ( feio com canetinha vermelha e sulfite). O aluno pode ler o problema e organizar os curativos em cada personagem no lugar em que ele machucou. O professor pode fazer a leitura para o aluno que não lê.


Festa da bicharada

O senhor porco resolveu uma festa dar e toda a bicharada chamar.
Primeiro convidou a galinha e o galo, depois o pato e o cavalo.
Tinha vários bichos: o lobo, a ovelha,o gato e até a dona coelha.
Mas o porco não esperava por uma surpresa.
Dona porca convidou mais seis amigos, e a festa ficou uma beleza.
Quantos bichos entraram na dança e participaram desta festança?

Este problema pode ser resolvido por aluno leitores e não leitores ( prof lê) Para descobrir quantos animais estavam na festa pode ser através de uma lista dos convidados escrita com alfabeto móvel.
Vários figuras de animais e o aluno deve selecionar a quantidade e os animais que foram convidados para festa. 
O aluno está listando os animais que foram na festa


sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Deficiência Intelectual

Participo de uma plataforma direcionada aos professores da SRM de todo o Brasil e esse texto foi disponibilizado na rede e após a leitura achei importante compartilhar no Blog.

Trecho literal do livro  (da página 17 a 24 ) "Educação Inclusiva Atendimento Educacional Especializado para o aluno com Deficiência mental " Autoras: Cristina Abranches Mota Batista e Maria Teresa Egler Mantoan

O que precisa ser
O atendimento educacional especializado decorre de uma nova visão da Educação Especial, sustentada legalmente e é uma das condições para o sucesso da inclusão escolar dos alunos com deficiência. Esse atendimento existe para que os alunos possam aprender o que é diferente do currículo do ensino comum e que é necessário para que possam ultrapassar as barreiras impostas pela deficiência.

As barreiras da deficiência mental diferem muito das barreiras encontradas nas demais deficiências. Trata-se de barreiras referentes à maneira de lidar com o saber em geral, o que reflete preponderantemente na construção do conhecimento escolar. Por esse motivo, a educação especializada, realizada nos moldes do treinamento e da adaptação, reforça a condição de deficiente desse aluno. Essas formas de intervenção mantêm o aluno em um nível de compreensão que é muito primitivo e que a pessoa com deficiência mental tem dificuldade de ultrapassar - nas chamadas regulações automáticas, de Piaget.

É necessário que se estimule o aluno com deficiência mental a progredir nos níveis de compreensão, criando novos meios para se adequarem às novas situações, ou melhor, desafiando-o a realizar regulações ativas. Assim sendo, o aluno com deficiência mental precisa adquirir, através do atendimento educacional especializado, condições de passar de um tipo de ação automática e mecânica diante de uma situação de aprendizado/experiência para um outro
tipo, que lhe possibilite selecionar e optar por meios mais convenientes de atuar intelectualmente.

O atendimento educacional para tais alunos deve, portanto, privilegiar o desenvolvimento e a superação daquilo que lhe é limitado, exatamente como acontece com as demais deficiências, como exemplo: para o cego, a possibilidade de ler pelo Braille, para o surdo a forma mais conveniente de se comunicar e para a pessoa com deficiência física, o modo mais adequado de se orientar e se locomover.

Para a pessoa com deficiência mental, a acessibilidade não depende de suportes externos ao sujeito, mas tem a ver com a saída de uma posição passiva e automatizada diante da aprendizagem para o acesso e apropriação ativa do próprio saber.

De fato, a pessoa com deficiência mental encontra inúmeras barreiras nas interações que realiza com o meio para assimilar, desde os componentes físicos do objeto de conhecimento, como por exemplo, o reconhecimento e a identificação da cor, forma, textura, tamanho e outras características que ele precisa retirar diretamente desse objeto. Isso ocorre, porque são pessoas que apresentam prejuízos no funcionamento, na estruturação e na re-elaboração do conhecimento. Exatamente por isso não adianta propor atividades que insistem na repetição pura e simples de noções de cor, forma etc para que a partir desse suposto aprendizado o aluno consiga dominar essas noções e as demais propriedades físicas dos objetos, e ainda possa transpô-las para um outro contexto. A criança sem deficiência mental consegue espontaneamente retirar informações do objeto e construir conceitos, progressivamente. Já a criança com deficiência mental precisa de outra atenção, ou seja, de exercitar sua atividade cognitiva, de modo que consiga o mesmo, ou uma aproximação do mesmo.

Esse exercício implica em trabalhar a abstração por meio da projeção das ações práticas em pensamento. A passagem das ações práticas e a coordenação dessas ações em pensamento são partes de um processo cognitivo que é natural para aqueles que não têm deficiência mental. E para aqueles que têm uma deficiência mental, essa passagem deve ser estimulada e provocada, de modo que o conhecimento possa se tornar consciente e interiorizado. O esquema abaixo ilustra esse processo de construção mental do conhecimento, desenvolvido pela teoria piagetiana.


ESQUEMA: O processo de construção mental do conhecimento.
Em um primeiro momento há a Ação Prática (Coordenação das ações diretamente sobre os objetivos), o que gera uma Projeção, que leva ao 1º Nível que é a Ação Simbólica (Coordenação das ações práticas em pensamento, com diferentes níveis de compreensão), gerando outra Projeção, levando ao 2º Nível denominado Ação Simbólica (Coordenação dos significados atribuídos na ação anterior) e assim sucessivamente.
O atendimento educacional especializado para as pessoas com deficiência mental está centrado na dimensão subjetiva do processo de conhecimento, complementando o conhecimento acadêmico e o ensino coletivo que caracterizam a escola comum. O conhecimento acadêmico exige o domínio de um determinado conteúdo curricular; o atendimento educacional, por sua vez, refere-se à forma pela qual o aluno trata todo e qualquer conteúdo que lhe é apresentado e como consegue significá-lo, ou seja, compreendê-lo.

É importante esclarecer que o atendimento educacional especializado não é ensino particular, nem reforço escolar. Ele pode ser realizado em grupos, porém atento para as formas específicas de cada aluno se relacionar com o saber. Isso também não implica em atender a esses alunos, formando grupos homogêneos com o mesmo tipo de problema (patologias) e/ou desenvolvimento. Pelo contrário, os grupos devem se constituir obrigatoriamente por alunos da
mesma faixa etária e em vários níveis do processo de conhecimento. Alunos com síndrome de Down, por exemplo, poderão compartilhar esse atendimento com seus colegas autistas, com outras síndromes, sequelas de paralisia cerebral e ainda outros com ou sem uma causa orgânica esclarecida de sua deficiência e com diferentes possibilidades de acesso ao conhecimento.

O atendimento educacional especializado para o aluno com deficiência mental deve permitir que esse aluno saia de uma posição de “não-saber”, ou de “recusa de saber” para se apropriar de um saber que lhe é próprio, ou melhor, que ele tem consciência de que o construiu.

A inibição, definida na teoria freudiana, ou a “posição débil” enunciada por Lacan provocam atitudes particulares diante do saber, influenciando a pessoa na aquisição do conhecimento acadêmico. É importante ressaltar que o saber da Psicanálise é o “saber inconsciente”, relativo à verdade do sujeito. Em outras palavras, trata-se de um processo inconsciente e o que o sujeito recusa saber é sobre a própria incompletude, tanto dele, quanto do outro. O aluno com
deficiência mental, nessa posição de recusa e de negação do saber fica passivo e dependente do outro (do seu professor, por exemplo), ao qual outorga o poder de todo o saber. Se o professor assume o lugar daquele que sabe tudo e oferece todas as respostas para seus alunos, o que é muito comum nas escolas e principalmente na prática da Educação Especial, ele reforça essa posição débil e de inibição, não permitindo que esse aluno se mobilize para adquirir/construir qualquer tipo de conhecimento.

Quando o atendimento educacional permite que ao aluno traga a sua vivência e que se posicione de forma autônoma e criativa diante do conhecimento, o professor sai do lugar de todo o saber. Dessa maneira, o aluno pode se questionar e modificar sua atitude de recusa do saber e sua posição de “não saber”. Ele, então, pode se mobilizar e buscar o saber. Na verdade, é tomando consciência de que não sabe, que o aluno pode se mobilizar e buscar o saber. A liberdade de criação e de posicionamento autônomo do aluno diante do saber permite que sua verdade seja colocada, o que é fundamental para os alunos com deficiência mental. Ele deixa de ser o “repeteco”, o eco do outro e se torna um ser pensante e desejante de saber.

Mas o atendimento educacional não deve funcionar como uma análise interpretativa, própria das sessões psicanalíticas, e nem como uma intervenção psicopedagógica, tradicionalmente praticada. Esse atendimento deve permitir ao aluno elaborar suas questões, sua ideias, de forma ativa e não corroborar para sua alienação diante de todo e qualquer saber.

Como, onde e quando?*

A escola (especial e comum) ao desenvolver o atendimento educacional especializado deve oferecer todas as oportunidades possíveis para que nos espaços educacionais em que ele acontece, o aluno seja incentivado a se expressar, pesquisar, inventar hipóteses e reinventar o conhecimento livremente.

Assim, ele pode trazer para os atendimentos os conteúdos advindos da sua própria experiência, segundo seus desejos, necessidades e capacidades. O exercício da atividade cognitiva ocorrerá a partir desses conteúdos.

Devem ser oferecidas situações, envolvendo ações em que o próprio aluno teve participação ativa na sua execução e/ou façam parte da experiência de vida dele. Essa prática difere de todo modelo de atuação privilegiado até então pela Educação Especial. Trabalhar a ampliação da capacidade de abstração não significa apenas desenvolver a memória, a atenção, as noções de espaço, tempo, causalidade, raciocínio lógico em si mesmas. Nem tão pouco tem a ver com a desvalorização da ação direta sobre os objetos de conhecimento, pois a ação é o primeiro nível de toda a construção mental.

O objetivo do atendimento educacional especializado é propiciar condições e liberdade para que o aluno com deficiência mental possa construir a sua inteligência, dentro do quadro de recursos intelectuais que lhe é disponível, tornando-se agente capaz de produzir significado/conhecimento.

O contato direto com os objetos a serem conhecidos, ou seja, com a sua “concretude” não pode ser descartada, mas o importante é intervir no sentido de fazer com que esses alunos percebam a capacidade que têm de pensar, de realizar ações em pensamento, de tomar consciência de que são capazes de usar a inteligência de que dispõem e de ampliá-la, pelo seu esforço de compreensão, ao resolver uma situação problema qualquer. Mas sempre agindo
com autonomia para escolher o caminho da solução e a sua maneira de atuar inteligentemente.

O aluno com deficiência mental, como qualquer outro aluno, precisa desenvolver a sua criatividade, a capacidade de conhecer o mundo e a si mesmo, não apenas superficialmente ou por meio do que o outro pensa. O nosso maior engano é generalizar a dotação mental das pessoas com deficiência mental em um nível sempre muito baixo, carregado de preconceitos sobre a capacidade de, como alunos, progredirem na escola, acompanhando os demais colegas. Desse engano derivam todas as ações educativas que desconsideram o fato de que cada pessoa é uma pessoa, que tem antecedentes diferentes de formação, experiências de vida e que sempre é capaz de aprender e de exprimir um conhecimento.

Uma atividade muito utilizada pelos professores de alunos com deficiência mental é fazer bolinhas de papel para serem coladas sobre uma figura traçada pelo professor em uma folha mimeografada. Essa atividade pode ser explorada de duas maneiras, com objetivos distintos. Uma delas é desenvolvê-la de forma alienante, limitada, repetitiva, reduzindo-se a um mero exercício de coordenação motora fina, realizado durante horas e sem o menor sentido para o aluno. A mesma atividade pode explorar a inteligência desse aluno se fizer parte de um plano e for uma escolha do aluno para reproduzir o miolo de uma flor, por exemplo. A colagem seria, neste caso, uma estratégia que ele mesmo selecionou para demonstrar o seu conhecimento das partes de um vegetal e não unicamente para preencher o espaço de uma folha que lhe foi entregue. No estudo das partes de um vegetal, essa atividade é uma entre várias que os alunos escolheram e recriaram, fazendo parte de todo um conjunto de trabalho, em que a flor é parte de outras noções pertinentes ou não ao plano.

O que mais importa é que ele permita que os alunos tenham condições de enfrentar a atividade e que tomem consciência do que sabem, do que não sabem e do que querem saber a respeito do que está sendo estudado. Essa consciência permite que os alunos expressem seus questionamentos e conhecimentos a respeito de tudo o que um objeto possa suscitar com liberdade e utilizando a sua criatividade.

É visível o efeito desses dois tipos de produção. Na sala onde ela é realizada de forma mecânica, o mural reproduzirá um modo seriado, estereotipado de agir; que reflete o desenho do professor. Na outra, o mesmo mural revelará as infinitas possibilidades da criação, ou seja, do trabalho cognitivo dos alunos, ao aprender e da professora, ao ensinar.

O atendimento educacional especializado não deve ser uma atividade que tenha como objetivo o ensino escolar especial adaptado para desenvolver conteúdos acadêmicos, tais como a Língua Portuguesa, a Matemática, dentre outros. Com relação a Língua Portuguesa e a Matemática, o atendimento educacional especializado buscará o conhecimento que permite ao aluno a leitura, a escrita e a quantificação, sem o compromisso de sistematizar essas noções como é o objetivo da escola.

Para possibilitar a produção do saber e preservar sua condição de complemento do ensino regular, o atendimento educacional especializado tem de estar desvinculado da necessidade típica da produção acadêmica. A aprendizagem do conteúdo acadêmico limita as ações do professor especializado, principalmente quanto ao permitir a liberdade de tempo e de criação que o aluno com deficiência mental precisa ter para organizar-se diante do desafio do processo de construção do conhecimento. Esse processo de conhecimento, ao contrário do que ocorre na escola comum, não é determinado por metas a serem atingidas em uma determinada série, ou ciclo, ou mesmo etapas de níveis de ensino ou de desenvolvimento.

O processo de construção do conhecimento, no atendimento educacional especializado, não é ordenado de fora, e não é possível ser planejado sistematicamente, obedecendo a uma sequência rígida e predefinida de conteúdos a serem assimilados. E assim sendo, não persegue a promoção escolar, mesmo porque esse aluno já está incluído.

Na escola comum, o aluno constrói um conhecimento necessário e exigido socialmente e que depende de uma aprovação e reconhecimento da aquisição desse conhecimento por um outro, seja ele o professor, pais, autoridades escolares, exames e avaliações institucionais.

No atendimento educacional especializado, o aluno constrói conhecimento para si mesmo, o que é fundamental para que consiga alcançar o conhecimento acadêmico. Aqui, ele não depende de uma avaliação externa, calcada na evolução do conhecimento acadêmico, mas de novos parâmetros relativos as suas conquistas diante do desafio da construção do conhecimento.

Portanto, os dois; escola comum e atendimento educacional especializado, precisam acontecer concomitantemente, pois um beneficia o desenvolvimento do outro e jamais esse beneficio deverá caminhar linear e sequencialmente, como se acreditava antes.

Por maior que seja a limitação do aluno com deficiência mental, ir à escola comum para aprender conteúdos acadêmicos e participar do grupo social mais amplo favorece o seu aproveitamento no atendimento educacional especializado e vice-versa. O atendimento educacional especializado é, de fato, muito importante para o progresso escolar do aluno com deficiência mental.

Aqui é importante salientar que a “socialização” justificada, como único objetivo da entrada desses alunos na escola comum, especialmente para os casos mais graves, não permite essa complementação e muito menos significa que está havendo uma inclusão escolar. A verdadeira socialização, em todos os seus níveis, exige construções cognitivas e compreensão da relação com o outro. O que tem acontecido, em nome dessa suposta socialização, é uma espécie de tolerância da presença do aluno em sala de aula e o que decorre dessa situação é a perpetuação da segregação, mesmo que o aluno esteja frequentando um ambiente escolar comum.

O arranjo físico do espaço reservado ao atendimento precisa coincidir com o seu objetivo de enriquecer o processo de desenvolvimento cognitivo do aluno com deficiência mental e de oferecer-lhe o maior número possível de alternativas de envolvimento e interação com o que compõe esse espaço.

Portanto, não pode reproduzir uma sala de aula comum e tradicional. O espaço físico para o atendimento educacional especializado deve ser preservado, tanto na escola especial como na escola comum, ou seja, deve ser criado e utilizado unicamente para esse fim.

O tempo reservado para esse atendimento será definido conforme a necessidade de cada aluno e as sessões acontecerão sempre no horário oposto ao das aulas do ensino regular.

As escolas especiais, diante dessa proposta, tornam-se espaços de atendimento educacional especializado nas diferentes deficiências para as quais foram criadas e devem guardar suas especificidades. Elas não podem justificar a manutenção da estrutura e modelo da escola comum, recebendo alunos sem deficiência – a chamada “inclusão ao contrário” e nem mesmo atender a todo o tipo de deficiência em um mesmo espaço especializado.

As instituições especializadas devem fazer o mesmo com suas escolas especiais e também conservar o atendimento clínico especializado.

A avaliação do atendimento educacional especializado, seja a inicial como a final, têm o objetivo de conhecer o ponto de partida e o de chegada do aluno, no processo de conhecimento. Para que se possa montar um plano de trabalho para esse atendimento, não é tão importante para o professor saber o que o aluno “não sabe”, quanto saber o que ele já conhece de um dado assunto.

A terminalidade desse atendimento deve ocorrer independentemente do desempenho escolar desses alunos na escola comum, porque o que se pretende com essa complementação não se reduz ao que é próprio da escola comum. Essa terminalidade pode ser o início da Educação Profissional das pessoas com deficiência mental.

A interface entre o atendimento educacional especializado e a escola comum acontecerá conforme a necessidade de cada caso, sem a intenção primeira de apenas garantir o bom desempenho escolar do aluno com deficiência mental, mas muito mais para que ambos os professores se empenhem em entender a maneira desse aluno lidar com o conhecimento no seu processo construtivo. Esse esforço de entendimento conjunto não caracteriza uma forma de orientação pedagógica do professor especializado para o professor comum e vice-versa, mas a busca de soluções que venham a beneficiar o aluno de todas as maneiras possíveis e não apenas para avançar no conteúdo escolar.



segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Livro e a ludicidade

Livro - Usando as mãos contando de cinco em cinco Autor Michael Dahl Ilustrador: Todd Ouren

Este livro faz parte do acervo distribuído pelo MEC no programa do PNAIC para os 2º anos. Amo literatura e acredito que as histórias são ótimos recursos de aprendizagem que o professor pode utilizar no ambientes de sala. Assim na sala de recurso estou sempre fazendo uso dos livros com diferentes objetivos. As imagens são das atividades que os aluno reproduziram utilizando a mãos, guache, retalhos de cartolinas numa releitura do livro.
Descrição da atividade: Depois da história lida cada aluno escolheu o personagem que gostaria de fazer e assim com tinta carimbavam as mãos e depois seca reproduziam os personagens.
Flores, fantasmas, lulas, alce, caranguejo

Mural dos personagens 

Agora com proximidade do Natal ao pesquisar o que poderia fazer com os alunos para decorar a sala encontrei dicas de personagens natalinos utilizando as mãos. E assim os aluno escolhem o que eles querem fazer e o nosso mural está todo enfeitado com as mãos dos alunos da Sala de recurso.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Desenho e pintura

A atividade de desenho possibilita a criança um mundo de imaginação livre, expressão e autoconhecimento. 
As fotos são de momentos da atividade de desenhos e pintura onde cada aluno poderia criar seu desenho.
A aluna da foto está no AEE da escola há quatro anos e no início não conseguia dar formar aos desenhos e letras, tinha muita dificuldade na motora fina e espacial. No decorrer dos atendimentos é visível a evolução da aluna.
Lápis na mão e o desenho vai começar

Colorindo o desenho

Outros poemas problemas

3º Poema Problema
O predrinho

No prédio do seu Miguel
mora gente pra dedéu.
No primeiro andar moram o Leo, a Luana e a Clara,
que são irmãos e vivem juntos com o Zeca e a Yara.
No segundo mora o jorge, o vítor e a Berenice:
os três vieram do interior e vivem com a tia Eunice.
No terceiro andar mora, sozinha, a Aninha.
Ela tem uma gata malhada que se chama Rosinha.
O quarto andar está vago,
pra tristeza de seu Miguel...
Se não vender logo, logo, vai emprestar pra prima Marta,
que mora de aluguel.
Você já descobriu quantas pessoas
moram hoje no prédio do seu Miguel?

Este poema pode ser trabalhado com alunos leitores e não leitores. Tem a figura de um prédio de quatro andares e os nomes de todos os personagens em pequeno retângulos de E.V.A para que ao ler a criança organize cada morador em seus respectivos andares. Nesta atividade pode ser trabalhado a organização de informações, interpretação, sequência lógica.
Aluna resolvendo o desafio

Desafio resolvido

Relendo o texto para correção do desafio

4º Poema Problema 
Balas
Dona Ana foi ao mercado comprar
15 balas para suas crianças alegrar.
Quando chegou a turma sorriu
e entre as 3 crianças, as balas ela dividiu.
Quero ver se você é capaz de saber,
quantas balas cada criança vai receber?


Para resolver este poema o aluno recebe o texto, a figura de três crianças e
quinze unidades ( material dourado) com esses materiais o aluno lê e deve e resolver o poema.
Depois da distribuição de balas pode ser explorado a divisão com o registro da operação.
Início da distribuição das balas 

Como a aluno distribuiu as balas

Reorganização do problema( depois das mediações que a prof fez)

Registro da resolução


quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Literatura e a matemática

Hoje vou compartilhar uma atividade que estou desenvolvendo no AEE com os alunos com deficiência.
O livro "POEMAS PROBLEMAS " Autor Renata Bueno abordada poesia em forma de problemas ao receber a indicação deste livro por uma professora da minha escola fui na biblioteca e resolvi utilizar os poemas para trabalhar leitura , interpretação e linguagem nos atendimentos.
São vários poemas, mas escolhi alguns e confeccionei material concreto e ficha dos textos para que ao ler o aluno monte o problema e descubra a solução.
1º Problema :
Que lindo colar!
Com botões coloridos, Olivia vai fazer um colar.
Três vermelhos e um amarelo escolheu pra começar.
Na sequência, um roxo e dois rosa e mais um amarelo pra completar.
Agora começa tudo de novo, na mesma sequência até acabar: mais três vermelhos e um amarelo. depois de um roxo, quais serão os dois próximos a colocar?
Todos os problemas foram digitados, impresso e colados em papel cartão. Neste problema fiz os botões de E.V.A nas cores correspondentes assim o aluno lê o texto e constrói o colar.
Durante a atividade é possível explorar cores, sequência lógica, quantidade, adição e multiplicação. Para alguns alunos já trabalhei com o registro final . Onde ele tem que fazer um colar seguindo a ordem do que elaborou.
Montando o colar

Registro 

Calculando 

Reorganizando a sequência 
Outro Poema Problema: 
Hum … que delícia!
Os quatros amigos da pracinha foram juntos tomar sorvete de casquinha.
Sabor? só de creme e chocolate tinha.
Chocolate embaixo e creme em cima pra mim! exclamou Jasmim.
Creme embaixo e chocolate em cima! escolheu a Irma.
A magrela da Marlene pediu dua bolas de creme.
Como fica o sorvete do Vicente, se quiser formar uma combinação diferente?
As casquinhas de sorvetes e bolas que representa os sabores foram elaboradas com E.V.A. O aluno lê o problema ( prof pode ler) e com as dicas deve montar os sorvetes e colocar o nome de cada criança embaixo dos sorvetes.
Como tem um sorvete a mais o aluno também faz um sorvete para ele, mas tem que ser diferente do que as outras crianças compraram. No decorrer da atividade pode ser explorada adição,multiplicação, leitura e interpretação.
Montar as bolas de sorvete



sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Comunicação Aumentativa e Alternativa - CAA

A CAA destina-se a atender pessoas sem fala ou escrita funcional ou em defasagem entre sua necessidade comunicativa e sua habilidade em falar e/ou escrever. Recursos como as pranchas de comunicação, construídas com simbologia gráfica (BLISS, PCS e outros), letras ou palavras escritas, são utilizados pelo usuário da CAA para expressar suas questões, desejos, sentimentos, entendimentos.
Um trabalho de comunicação alternativa tem início logo que se manifesta uma defasagem mentre a habilidade de uma pessoa em se comunicar e a necessidade imposta pelo meio
e pelas relações que ela estabelece ou deseja estabelecer com os outros. Software Boardmaker é um ótimo recurso de aprendizagem para o aluno com deficiência adquirir conhecimentos e participar das atividades. 
Essa prancha de atividades foi criada pela professora do AEE com palavras que a aluna falou. É uma principal com outras duas interligadas com atividades diferentes  que possiblita desenvolver a comunicação, descrição, leitura e interpretação.





quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Matemática e o lúdico

Material

4 círculos de cores diferentes
40 grampos cada 10 unidades pintadas nas cores dos círculos.
Números móvel do 0 a 9

Objetivos:
Identificar e selecionar grupos por cores;
Relacionar números a quantidades;
Trabalhar conceito de adição e subtração;
Aprimorar a coordenação motora fina.

Dicas para desenvolver a atividade:
Durante a atividade o professor pode explorar cores, quantidades, conceito da adição e subtração.


Registro da atividade aplicada com alunos com Deficiência Intelectual.
Separando os grampos por cores

Grupos formados

Encaixando os grampos no círculos de cores correspondente

Subtração, tirar a quantidade do círculo de acordo com o número que a professora mostra

Quantidade, cores, adição e subtração

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Atendimento Educacional Especializado para Pessoas com Surdez

O AEE deve promover o acesso dos alunos com surdez ao conhecimento escolar em duas línguas: em Libras e em Língua Portuguesa, a participação ativa nas aulas e o desenvolvimento do seu potencial cognitivo, afetivo, social e linguístico, com os demais colegas da escola comum.
A elaboração do Plano do AEE inicia-se com o estudo das habilidades e necessidades educacionais específicas dos alunos com surdez, bem como das possibilidades e das barreiras que tais alunos encontram no processo de escolarização. Conforme Damázio ( 2007), o AEE envolve três momentos didático-pedagógicos:
Atendimento Educacional Especializado em Libras
Atendimento Educacional Especializado de Libras
Atendimento Educacional de Língua Portuguesa

ORGANIZAÇÃO DO ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA NO AEE


Este momento didático-pedagógico deve acontecer em sala de recursos multifuncionais, em horário oposto ao da sala de aula comum envolvendo a articulação dos professores do AEE e da sala de aula comum. Considerando as etapas de ensino, o ensino da língua portuguesa deverá ser desenvolvido por professores com formação em Letras, que conheçam com os pressupostos linguísticos e teóricos que norteiam esse trabalho.
As aulas AEE para o ensino do Português escrito são preparadas segundo o desenvolvimento e aprendizagem dos alunos. O professor do AEE avalia e analisa o estágio de desenvolvimento lingüístico dos alunos, em relação à leitura e escrita, tendo por base suas próprias produções e interpretações de textos, dialógicos, descritivos, narrativos e dissertativos.

ALGUMAS ATIVIDADES PEDAGÓGICAS ENVOLVENDO LINGUAGENS E VIVÊNCIAS
NO AEE.

Para a escrita:
Do desenho à palavra - da palavra ao desenho;
Da frase ao desenho - do desenho à frase;
Do texto ao desenho - do desenho ao texto;
Escrita de diferentes gêneros textuais.

Essa atividade foi desenvolvida no AEE para um aluno Surdo em processo de alfabetização.
Na caixa tem as sílabas que formam a palavra da imagem

Mediar a construção correta da palavra 
Registro da palavra no caderno 



quinta-feira, 27 de junho de 2013

Recurso de aprendizagem

O jogo do boliche é um ótimo material para trabalhar com alunos, pois possibilita o convívio em grupos e é um elemento facilitador da aprendizagem na medida em que estimula o desenvolvimento da orientação temporal e espacial e da percepção espacial, elementos fundamentais no dia-a dia da criança na busca da construção de conhecimentos, desenvolvendo habilidades que auxiliam, por exemplo no processo de aquisição de leitura e escrita, utilizadas pela criança para ordenar elementos de uma silaba, construir frases, aprender noções de matemáticas como as de coluna e fileira, etc, além de estimular a base primordial de toda coordenação dinâmica que é o equilíbrio.

Objetivo do jogo
Aprimorar a coordenação motora ampla, coordenação viso-motora, controle de força e atenção.
Organizar as sílabas formando palavras.

Durante esta atividades nos pinos estavam coladas sílabas, mas podem ser substituídas por números ou até explorar as cores e quantidades de pinos derrubados em cada jogada.
Pinos com sílabas

Formando palavras com os pinos derrubados 

sábado, 8 de junho de 2013

O dia a dia nos atendimentos

A função do Professor do AEE consiste em propor atividades que permitam eliminar barreiras e otimizar a aprendizagem dos alunos e sua inclusão no ensino regular. Para isso o atendimento na SRM, visa também a organização da linguagem oral, e o AEE deve disponibilizar aos alunos o contato com diversos materiais que possibilita o entendimento e a ampliação do seu vocabulário. Ele deve organizar situações em que o aluno seja provocado a se expressar oralmente através das descrições de imagens, fotos, vivências do dia a dia e ações  específicas no sentido de ajudar o aluno a superar dificuldades nas aprendizagens escolares, inclusive na leitura e escrita.

Descrição da atividade desenvolvido no AEE, com objetivo de propiciar ao aluno o contato com as letras e o  domínio do alfabeto.


Passo a passo da atividade:


1º No primeiro momento solicitar o aluno que organize o alfabeto em ordem. Deixá-lo organizar da sua maneira.

2º A partir da organização do alfabeto que o aluno realizou o professor deve mediar a atividade sempre questionando a sequência e a posição correta das letras ( em sala tenho o alfabeto em Libras, e o alfabeto com letra e imagem) ex quem vem antes do A, quem vêm depois F, dicas é a letra do Jacaré...etc


3º Depois que a sequência estiver correta trabalhar com figuras para que o aluno identifique qual a letra inicial. 
Aluno organizando a ordem do  alfabeto
Relação letra inicial e imagem

Aluno organizando o alfabeto





Reorganizando o alfabeto com auxílio da professora